E para vocês conhecerem um pouco mais do autor, segue uma entrevista com Al Gomes:
1- De onde surgiu a ideia do livro?
Assistir
documentários sobre pessoas que relatavam terem passado por experiências
extracorporais inspirou levemente o enredo da história. Mas a ideia principal
surgiu após ter sonhado com um anjo carregando uma mulher em seus braços.
2 - Como é o seu processo criativo?
No
meu caso funciona da seguinte maneira: Eu começo pela premissa. Vejo se o
conflito da história é forte o bastante para se manter durante um livro
inteiro; traço um objetivo principal e tento segui-lo até o final da escrita.
Em seguida, faço rascunhos da estrutura de todo o livro e a divido em três
fases: A primeira será onde os personagens serão apresentados e onde o conflito
se deflagrará. A segunda, obviamente é onde toda a trama se desenvolverá e onde
o conflito se intensificará. Por fim, na terceira e última parte, o conflito se
resolve e o status quo se restaura. Após reunir todos esses dados, eu escrevo o
perfil dos personagens e um resumo,pois isso ajuda bastante a evitar o bloqueio
de escrita, e também que a história saia do curso que eu determinei a
princípio, bem como pontas soltas. Daí alguém pode querer perguntar: isso tudo
é realmente necessário? Para alguns escritores talvez não, mas é assim que eu
gosto de trabalhar, como me sinto mais confortável para escrever. J
3 - Como foi a experiência de escrever esse livro?
Escrever um livro é uma
experiência única, inesquecível. Todos deveriam tentar, pois é muito
gratificante e enriquecedor. Durante a escrita, colocamos tudo o que aprendemos
ao longo de nossa vida, em prática; brincamos um pouco de ser Deus, rsss.
Voltando a pergunta, foi muito divertido escrever esse livro, da mesma forma
que espero também que seja uma leitura agradável e estimulante para o leitor.
4 - Almir, em
primeiro lugar, parabéns pela coragem da obra! Observei que seu livro traz uma
importante discussão acerca do suicídio e seus efeitos astrais posteriores.
Então gostaria de saber: qual é, na sua opinião, a pior maneira de ceifar uma
vida?
O ano em que escrevi esse
livro foi muito penoso para mim. Eu tinha acabado de perder alguém muito
importante e estava muito triste e deprimido. Logo, escrever O Ceifeiro foi uma
boa forma de manter a mente ocupada e afastar aquelas lembranças tão dolorosas.
Então, respondendo a sua pergunta: acredito que o cessar da vida de um ente
querido, seja sem dúvidas, a pior de todas.
5 - você escreveu um gênero que é sem dúvida
alguma o favorito dos jovens. Você apenas escreve fantasia ou também é fã dos
inúmeros títulos desse gênero? Se sim, quais são os seus favoritos?
Não. Eu gosto de escrever também sobre drama, suspense e temas do
cotidiano comum. Acho muito enriquecedor escrever sobre novos temas, pois isso
te estimula a pesquisar, a tentar descobrir até onde sua imaginação pode te
levar. Sobre fantasia, eu sou fã das Crônicas de Gelo e Fogo de George R. R.
Martin, meu autor preferido. O que não quer dizer que não existam outros, rsss.
6 - Você escreve sobre anjos e como sabemos
existem muitos livros com essa temática, o que você acha que sua obra tem de
diferente das demais?
No caso do meu livro, ele trata da relação de um Anjo Ceifador de almas
e uma humana. Esse relacionamento acontece, de uma maneira diferente da que
estamos habituados a ver nos livros do gênero; onde a protagonista geralmente
se envolve diretamente e romanticamente com um anjo. Para explicar ou falar
mais que isso, eu precisaria dar spoiler, e é claro que eu não farei isso com
vocês. =)
7 - Como autor nacional você teve alguma
dificuldade na hora de publicar a sua obra?
Por incrível que pareça não foi tão difícil quanto eu imaginava. Pouco
tempo depois de enviar o original para as Editoras, eu recebi a primeira
resposta. Infelizmente, na época foi possível fechar com essa primeira Editora
e eu fiquei aguardando o retorno das outras para as quais havia enviado cópia
também. Algum tempo depois, a Dracaena me procurou e eu resolvi fechar com
eles.
8 - Existe algum personagem do livro que seja o
seu mais querido ou todos compartilham do seu coração de autor?
Com certeza todos partilham um pouco do meu coração sim.
Mas, sem dúvida, Ariel.
9 - Como
está sendo lançar o livro? Como você está se sentindo?
Feliz. Sobretudo, feliz. Um sonho realizado.
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